segunda-feira, 21 de maio de 2012

Vaticano aceita acordo com Benetton


O Vaticano aceitou o acordo proposto pela grife italiana Benetton, após a publicação da fotomontagem em que o papa Bento XVI aparece beijando o Ahmed Mohamed el Tayeb, imã da mesquita de Al Azhar, do Cairo. A Igreja Católica foi a única a processar a grife italiana Benetton no episódio.

A campanha “Unhate” (Não Ódio) mostrava líderes mundiais como Barack Obama, presidente estadunidense, beijando Hugo Chávez, líder venezuelano, e Nicolas Sarkozy, o chefe de Estado francês, fazendo o mesmo com Angela Merkel, chanceler alemã, além de outros líderes mundiais e jovens e crianças. No entanto, nenhuma família ou governo, nem religiosos ou famílias se manifestaram a respeito das fotos. Só a Igreja Católica.

O acordo prevê a retirada da publicidade e a doação de uma quantia em dinheiro para um projeto de caridade. A Igreja Católica não revelou o valor da doação e nem a entidade que a receberá. A explicação oficial, publicada pelo porta-voz Federico Lombardi, afirmou que a Benetton reconheceu a "sensibilidade dos crentes" e insistiu no respeito à imagem do papa e na “autorização prévia da Santa Sé".

"A Santa Sé não quis pedir indenizações de natureza econômica”, sem revelar o valor da autorização> Mas ela “quis obter o ressarcimento moral de reconhecimento do abuso realizado”, sem revelar quem reclamou do uso. Lombardi disse ainda que "se encerra, também do ponto de vista legal, um episódio muito desagradável”, sem revelar o valor recebido e nem o fato de ter sido a única a exigir.

A Benetton sempre lançou campanhas publicitárias caracterizadas por seus anúncios, neste caso chamando a humanidade a ficar "Contra o ódio". Surpreendeu o fato das demais personalidades da fotomontagem aceitarem a explicação e não terem buscado ressarcimento financeiro pelo suposto dano.

Fonte: ALC (17.05.2012)

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