quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Seminário destaca separação Igreja-Estado

O princípio da laicidade do Estado mexicano tem como objetivo recuperar a autonomia do político frente à religião, preservar a pluralidade e a liberdade religiosa, e evitar o avassalamento e preponderância de uma religião sobre outra. 

As conclusões são do seminário “Religiões e Laicidade no México Moderno. Análise e Desafios sobre o Tema do Estado Laico”, reunido no dia 1o de dezembro na Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal.

A declaração final do seminário aponta que as religiões foram historicamente veículos de valores e de princípios que colaboraram na humanização das culturas e das sociedades. No entanto, quando foram cooptadas pelos poderes dominantes, religiões e igrejas também se transformaram em fatores de violência, exclusão e discriminação.

A laicidade, diz o documento, é um “bem ético e cultural que é necessário resguardar, defender e promover positivamente como uma ferramenta para o fomento do diálogo social”. Também deve levar ao respeito ao outro diferente, ativando a capacidade de aprender e crescer com ele.

O texto convida igrejas, associações religiosas e cidadania a promoverem com convicção o caráter laico do Estado mexicano, que se define como a harmonização, em diversas conjunturas sócio-históricas e políticas, de três princípios: respeito à liberdade de consciência e de sua prática individual e coletiva; autonomia do político e da sociedade civil frente às normas religiosas e filosóficas particulares; igualdade de todos perante a lei.

Convocaram o seminário as organizações Observatório Eclesial, Católicas por Direito a Decidir, Centro de Estudos Ecumênicos, Centro de Estudos Sociais e Culturais Antonio de Montesinos, Centro Nacional de Comunicação Social, Secretariado Social Mexicano, Coletivo Asas, Serviço Internacional Cristão de Solidariedade com os Povos da América Latina, Comunidade Teológica do México, Liberdades Laicas, Fórum Inter-Eclesiástico Mexicano, República Laica e a Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal.


Fonte: ALC (08.12.2011)

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