quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Saúde será tema da Campanha da Fraternidade 2012

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lança hoje, Quarta-Feira de Cinzas, a Campanha da Fraternidade 2012, que destaca o tema “Fraternidade e Saúde Pública”, e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”. O objetivo da Campanha é refletir sobre o cenário da saúde no país, chamando a atenção para a precarização das condições dos hospitais e postos de saúde.

A Campanha ganhou, na semana passada, um “reforço” inesperado. O governo anunciou um corte de 55 bilhões de reais no orçamento da União aprovado para 2012, com o intuito de garantir um superávit primário no final do ano. A área social foi uma das mais atingidas. O Ministério da Saúde perdeu 5,5 bilhões de reais de seu orçamento.

Na sua 49ª edição, a Campanha da Fraternidade tem o propósito de despertar a solidariedade das pessoas em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções. A primeira Campanha da Fraternidade no Brasil foi realizada em dezembro de 1963, sob influência do Concílio Vaticano II.

Um dos proponentes da Campanha foi o então administrador Apostólico da Arquidiocese de Natal, dom Eugênio de Araújo Sales. A iniciativa foi adotada, então, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e na Quaresma de 1964 foi realizada a primeira Campanha em âmbito nacional. 

Em 2000, ela teve a sua primeira edição em caráter ecumênico, promovida pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, repetida em outras duas edições.

A partir de uma análise dos temas abordados a cada ano, a história da Campanha da Fraternidade pode ser dividida em três fases distintas: de 1964 a 1972, os temas refletem um olhar voltado para a renovação interna da Igreja. De 1973 a 1984, aparece na Campanha a preocupação da Igreja com a realidade social do povo brasileiro, sem deixar de lado a questão política nacional, que vivia uma de suas mais terríveis fases: a ditadura militar. A terceira fase, a partir de 1985, reflete situações existenciais dos brasileiros.

Fonte: ALC (22.02.2012)

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