quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CESE apóia luta conta a intolerância religiosa

"Intolerância religiosa, religião, direitos humanos".


Ato começou com seminário sobre intolerância religiosa - realizado no dia 20 no Terreiro Abassá de Ogun, no Abaeté - lembrou que a Caminhada foi criada aos (sic.) o crime praticado contra a Iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, fundadora do Ilê Axé Abassá de Ogum, nas imediações da Lagoa do Abaeté, bairro de Itapuã, nesta cidade. Os convidados se vestiram de branco para pedir respeito e paz entre os povos.

Uma das manifestações mais violentas do fundamentalismo é a intolerância religiosa, crescente em algumas igrejas cristãs brasileiras. Sem reconhecer o caráter laico do Estado, esses gestos desrespeitam a diversidade religiosa e a liberdade de culto, com o agravante de ser uma forma violenta de expressão de opinião.

Sua morte provocou a indignação de lideranças de diversas religiões, obrigou a abertura de processo na justiça e motivou a instituição da Caminhada no dia 21 de janeiro, que conta com a participação de pessoas de diferentes credos, etnias e gênero que clamam o respeito às diversidades e à paz.

O pastor evangélico Djalma Torres, manifestou preocupação com o problema da intolerância. “Creio, entretanto, que neste momento, a intolerância religiosa que nos preocupa ultrapassa as fronteiras do mundo cristão. Está relacionada com as religiões não-cristãs. Mais particularmente, com as religiões de matriz africana. Todos nós, das diversas igrejas cristãs, temos sido perversos, com raras e honrosas exceções, nas manifestações de intolerância religiosa com essas religiões e seus seguidores”.

A intolerância religiosa no Brasil, antes praticada exclusivamente pela Igreja Católica, agora tem “protestantes, que chegaram a partir do início do século XIX, não foram menos intolerantes com essas religiões não cristãs, com poucas exceções, volto a repetir.  Ignoraram a sua fé; desenvolveram contra elas forte preconceito; praticaram racismo sobre negros e sobre a religião de seus ancestrais; demonizaram o seu culto.   E o que é mais grave: recentemente transformaram as suas igrejas e comunidades em instrumentos de perseguição e agressão contra pessoas e casas de culto afro-brasileiras”.

A Yalorixá Jaciara Ribeiro pediu que “divulguem este ato cultural, religioso e político, a Caminhada de Combate a Intolerância Religiosa, promovendo um processo de empoderamento do evento e da data, fazendo com que a morte da nossa heroína Mãe Gilda, em combate contra a Intolerância, não se transforme em apenas mais um evento e sim em um símbolo de nossas lutas, que constrói uma agenda política importante para o povo negro brasileiro, de todas as religiões, instituições e partidos”.

Fonte: ALC (02.02.2012)

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