domingo, 1 de abril de 2012

Bento XVI defende um desenvolvimento humano centrado na ética

O verdadeiro progresso precisa de uma ética que coloque a pessoa humana no centro e leve em conta suas exigências mais autênticas, de modo especial a dimensão espiritual e religiosa, disse o papa Bento XVI na missa que celebrou, ontem, na Praça Antonio Maceo, em Santiago de Cuba. “Não se pode seguir por mais tempo na mesma direção cultural e moral que causou a dolorosa situação que tantos experimentam”, declarou.

Ele reportou-se à crise econômica que, frisou, tem raízes numa “profunda crise de tipo espiritual e moral, que deixou o homem vazio de valores e desprotegido frente à ambição e o egoísmo de certos poderes que não consideram o bem autêntico das pessoas e das famílias”. O papa afirmou que a regeneração das sociedades e do mundo requer homens retos, de firmes convicções morais e que não sejam manipuláveis por interesses estreitos.

Horas antes da missa, que teve a participação dos 17 bispos cubanos, Bento XVI tinha sido recebido por Raúl Castro. O presidente cubano lembrou a visita, 14 anos atrás, do papa João Paulo II e lamentou que o bloqueio econômico, político e midiático contra Cuba não tenha se alterado no período. Ele declarou que as estreitas relações entre a Santa Sé e Cuba, que se desenvolvem há 76 anos sem interrupção, “nos satisfazem”, pois estão baseadas no respeito mútuo e na concordância em assuntos vitais para a humanidade.

Católicos cubanos comemoram os 400 anos do achado da Virgem da Caridade do Cobre, venerada no país, e que, segundo o papa, tem estado presente na vida pessoal e nos grandes acontecimentos do país, de modo particular na sua independência.

Fonte: ALC (27.03.2012)

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